As varizes pélvicas, uma condição que afeta principalmente mulheres, são veias dilatadas na região da pelve que não funcionam corretamente, causando acúmulo de sangue e levando à congestão venosa pélvica. Se não tratadas, podem gerar complicações significativas para a saúde.
Fatores como múltiplas gestações, alterações hormonais e problemas anatômicos podem contribuir para o surgimento dessa condição. Estudos indicam que entre 10% e 30% das mulheres podem desenvolver varizes pélvicas, sendo que até 40% das mulheres que sofrem de dor pélvica crônica podem ter essa condição. Considerando a população feminina brasileira, isso pode afetar milhões de mulheres.
O diagnóstico das varizes pélvicas pode ser desafiador, pois seus sintomas se assemelham a outras condições, como a endometriose. Entre os sintomas estão dores pélvicas crônicas, desconforto durante ou após relações sexuais e problemas urinários. Esses sinais afetam a qualidade de vida das mulheres, mas, por muito tempo, as varizes pélvicas foram subdiagnosticadas. Com maior conscientização, o número de diagnósticos tem aumentado, permitindo que mais mulheres recebam o tratamento adequado.
Sintomas das Varizes Pélvicas:
- Dor na região pélvica, especialmente após longos períodos em pé ou sentada.
- Sensação de peso ou pressão na pelve.
- Desconforto que piora ao longo do dia, mas alivia ao deitar.
- Dores após a relação sexual.
- Associação com varizes nas pernas e hemorroidas.
- Micção frequente e sensação de peso na bexiga.
Diagnóstico e Tratamento: O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica e exames de imagem específicos. O tratamento principal para varizes pélvicas é a embolização, uma técnica minimamente invasiva que bloqueia as veias afetadas. Em casos mais leves, o uso de meias de compressão e medicação pode ajudar a aliviar os sintomas.
Muitas mulheres com varizes nas pernas também devem ser avaliadas para varizes pélvicas, já que esta condição pode contribuir para o surgimento das varizes nas extremidades inferiores. O tratamento pelo SUS é oferecido em centros especializados, e a comunidade médica está trabalhando para melhorar o acesso a essas opções para todas as mulheres.