Recentemente, um relato nas redes sociais ganhou grande repercussão ao expor os perigos de procedimentos estéticos realizados sem a devida supervisão médica. Um paciente, após se submeter a uma sessão de microagulhamento facial, teve células cancerígenas espalhadas por toda a área tratada.
O paciente, que já possuía um melanoma não diagnosticado, buscou o tratamento com um profissional que não era médico. O melanoma se manifestava como um pequeno ponto escuro no rosto, aparentemente inofensivo, o que levou o paciente a não procurar um dermatologista para uma avaliação prévia.
O caso foi destacado pela dermatologista Lays de Alcântara em um vídeo no Instagram. Ela descreveu a situação como “o retrato mais real e cruel da banalização dos procedimentos estéticos”, ressaltando que a complicação enfrentada pelo paciente é uma das mais graves possíveis em tratamentos como o microagulhamento facial.
Entendendo o Microagulhamento Facial
O microagulhamento é uma técnica que utiliza um aparelho com microagulhas para perfurar a epiderme e alcançar a derme, promovendo a síntese de colágeno e a aplicação de compostos na camada mais interna da pele. Este método é usado para tratar várias condições, incluindo:
– Melasma
– Cicatrizes de acne
– Flacidez
– Queda de cabelo
– Rugas
– Estrias
O procedimento, apesar de seus benefícios, requer uma avaliação minuciosa da pele do paciente para identificar qualquer lesão pré-existente e assegurar a integridade da área a ser tratada.
Como o Microagulhamento Pode Espalhar o Câncer?
Durante o microagulhamento, dispositivos como o roller, que possui uma pequena roda com microagulhas, são usados para penetrar a pele. À medida que as agulhas se movem pelo rosto, elas podem transferir células da derme de uma área para outra, espalhando células doentes se houver infecções bacterianas ou tumorais presentes.
No caso relatado, o microagulhamento facilitou a disseminação das células cancerígenas já presentes na pele do paciente, agravando a situação. A dermatologista Lays de Alcântara enfatiza a importância de uma avaliação médica completa antes de qualquer procedimento estético para evitar complicações graves como essa.
Este incidente serve como um alerta sobre os riscos de procedimentos estéticos realizados por profissionais não qualificados. A busca por tratamentos de pele deve ser sempre precedida por uma consulta médica para garantir que qualquer condição subjacente seja identificada e tratada adequadamente, evitando assim consequências severas à saúde.