No último domingo, 9 de junho, a influencer Natália Becker chocou os telespectadores do programa “Fantástico” ao abandonar uma entrevista após ser questionada sobre suas qualificações. Natália é a principal suspeita na morte de Henrique Silva Chagas, um empresário de 27 anos, após realizar um peeling de fenol nele.
Durante a entrevista, Natália tentava se defender das acusações, mas ao ser questionada sobre sua formação na área estética, ela se irritou e decidiu interromper a conversa. “Essas coisas eu não quero falar. Já dei meu depoimento falando certinho. Eu não quero mais dar entrevista”, declarou ela antes de deixar abruptamente o programa.
Henrique havia pago R$ 4.500 pelo procedimento estético, mas apenas três horas após a aplicação do peeling de fenol, ele começou a tremer e se sentir muito mal. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu e faleceu. A situação gerou grande repercussão e trouxe à tona questões sobre a regulamentação de procedimentos estéticos no Brasil.
Natália, que não possui formação como esteticista, revelou ter aprendido o procedimento através de um curso online de aproximadamente um mês. A ANESCO, órgão regulador de procedimentos estéticos, destaca que o peeling de fenol é altamente tóxico e deve ser realizado apenas por profissionais devidamente qualificados.
Ela achou mesmo que a Globo não ia mostrar a raiva dela ao ser questionada se é formada ou não? Uma pessoa morrre na mão dela e ainda quer dar ordens sobre o que perguntar… É surreal, sabe. #Fantástico pic.twitter.com/ITPTeGB7r3
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) June 10, 2024
O comportamento da influencer durante a entrevista, especialmente sua evasiva em relação às perguntas sobre sua qualificação, levantou ainda mais suspeitas. Sua advogada interrompeu a entrevista, marcando um momento tenso e revelador para os telespectadores.
Além do caso de Henrique, outra paciente também relatou ter sofrido danos severos na pele após um tratamento realizado por Natália. A influencer afirmou que adquiriu o fenol online, mas desde que a história ganhou notoriedade, o produto desapareceu das páginas que o ofereciam, assim como o curso que ela alegou ter feito.
Este caso trágico ressalta a importância da regulamentação e fiscalização rigorosa dos procedimentos estéticos, alertando a população sobre os riscos de se submeter a tratamentos com profissionais não qualificados. A morte de Henrique Silva Chagas é um lembrete doloroso dos perigos associados à falta de regulamentação e à irresponsabilidade no uso de substâncias tóxicas em tratamentos de beleza.