Nigel Hunt, de 59 anos, morador das Ilhas Scilly, na Inglaterra, passou por uma experiência aterrorizante após ser picado por uma aranha. O incidente ocorreu em 30 de agosto, quando Nigel, enquanto estava deitado, sentiu uma picada logo abaixo do umbigo. Inicialmente, ele não deu muita importância, acreditando ser algo inofensivo. Porém, dias depois, a situação se agravou de maneira assustadora.
Quatro dias após a picada, já a caminho do aeroporto para suas férias no Egito, Nigel começou a se sentir mal. “Tudo piorou muito rápido”, relata. Ao longo da viagem, ele passou a vomitar e sentir um desconforto crescente na região da picada. A pequena ferida inicial começou a aumentar, transformando-se em um buraco em seu estômago. Na tentativa de aliviar os sintomas, ele comprou anti-histamínicos e analgésicos, mas a dor e a gravidade da lesão só pioraram.
Após procurar atendimento em dois hospitais no Egito, Nigel foi diagnosticado com fasceíte necrosante, uma infecção bacteriana grave, conhecida como “doença devoradora de carne”. Essa condição ocorre quando bactérias entram no corpo através de uma ruptura na pele, destruindo o tecido abaixo. No caso de Nigel, acredita-se que a bactéria tenha sido introduzida pela picada de uma aranha, possivelmente uma falsa viúva-negra ou uma aranha-violinista.
“Fiquei assustado quando o médico me disse que, se eu não tivesse buscado ajuda dentro de seis a 10 dias, provavelmente estaria morto”, lembra Nigel. A rapidez com que a infecção se espalhou chocou tanto ele quanto os médicos. A infecção foi tratada com uma cirurgia para remover a pele morta e antibióticos para combater a bactéria.
Nigel ainda permanece internado, com a ferida na barriga aberta, exigindo cuidados intensivos. O tratamento pode durar até duas semanas. O caso destaca os riscos de infecções graves após picadas de aranha e a importância de buscar atendimento médico rapidamente diante de sintomas incomuns.