Um homem de 65 anos teve que amputar o pênis após desenvolver uma grave infecção que levou à necrose do órgão. O caso foi relatado em 5 de agosto na revista Urology Case Reports. O paciente, cuja identidade não foi divulgada, sofria de diabetes tipo 2 e foi internado no Hospital Geral Regional Ignacio Zaragoza, na Cidade do México, após episódios de ardência no pênis e dificuldade para urinar, ocorridos após consumo excessivo de álcool.
No atendimento inicial, os médicos inseriram um cateter no pênis do idoso, removendo uma grande quantidade de urina turva e com odor desagradável de sua bexiga. Ele foi medicado com antibióticos e liberado do hospital. Porém, sete dias depois, retornou à emergência apresentando febre alta (39°C), secreção purulenta esverdeada saindo da uretra, escroto e até do reto, além de um estalo no osso púbico — sinais claros de uma infecção severa.
Exames adicionais revelaram múltiplos abscessos na próstata e no pênis, além da necrose avançada da pele do prepúcio. Apesar de várias tentativas de salvar o órgão, incluindo a remoção do prepúcio necrosado, o tecido do pênis estava completamente danificado, exigindo a amputação total.
Necrose e Amputação Total
A necrose isquêmica no pênis é uma condição rara devido à extensa irrigação sanguínea no órgão, mas pode ocorrer em casos de diabetes mal controlada, como o do paciente. A combinação de fatores, como a diabetes tipo 2, doença arterial periférica e o trauma causado pela inserção do cateter, levou ao desenvolvimento da gangrena de Fournier, uma infecção necrosante.
Os médicos explicaram que, devido à extensão do dano, não foi possível realizar uma penectomia parcial, e a amputação completa foi a única opção viável. O paciente foi orientado sobre o impacto da cirurgia e suas consequências a longo prazo, incluindo a necessidade de um cateter de cistostomia permanente.
O caso ressalta a importância do controle rigoroso da diabetes e da avaliação cuidadosa de traumas causados por dispositivos médicos, para evitar complicações graves como essa.