A situação do ex-BBB Matteus Amaral pode se complicar após a revelação de uma falsa declaração racial para ingressar no ensino superior pelo sistema de cotas em 2014. Matteus se declarou preto para se beneficiar das cotas raciais, mas o caso veio à tona recentemente, gerando grande repercussão.
Nesta sexta-feira, 14 de junho, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) confirmou que Matteus usou o sistema de cotas para ingressar na instituição. Na época, não existia uma banca de heteroidentificação para verificar a veracidade das declarações raciais dos candidatos.
A denúncia ao Ministério Público foi feita pelo ativista Antonio Isuperio, que trabalha em uma Instituição Internacional de Direitos Humanos. Ele exigiu que Matteus responda pelo crime de falsidade ideológica e que a instituição seja responsabilizada pela negligência. “Que o indivíduo responda pelo crime de falsidade ideológica para adentrar a universidade. A faculdade e o indivíduo devem ser responsabilizados. A faculdade deve ser responsabilizada pela negligência e o indivíduo pelo crime de falsidade ideológica”, afirma o documento.
As informações foram inicialmente divulgadas pelo colunista Gabriel Perline, da revista Contigo, que teve acesso ao documento protocolado. Até o momento, Matteus Amaral não se pronunciou oficialmente sobre a denúncia.
Um vídeo postado na última quinta-feira, 13 de junho, mostra Matteus interagindo com um bichinho de estimação enquanto uma mulher fala ao fundo. A voz, supostamente de sua mãe, também envolvida na fraude, diz que “não ia dar nada”, debochando da gravidade da situação.
A revelação da fraude levanta questões sérias sobre a integridade do sistema de cotas e a necessidade de mecanismos de verificação mais rigorosos. O caso de Matteus Amaral não apenas expõe uma falha sistêmica, mas também coloca em evidência a importância de garantir que as políticas de ação afirmativa sejam aplicadas de forma justa e precisa.
A denúncia ao Ministério Público marca o início de uma investigação que poderá trazer consequências legais para Matteus e implicações significativas para as instituições envolvidas na aplicação das cotas raciais.