A delegada Maria Corsato se manifestou nesta quarta-feira (04) sobre a prisão da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra, ocorrida durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra lavagem de dinheiro e jogos ilícitos. Corsato, que já havia conduzido uma investigação envolvendo Deolane em 2022, comentou que a prisão não foi uma surpresa.
Em 2022, a delegada foi responsável pela operação *Vale dos Reis*, que resultou na apreensão de dois carros de luxo pertencentes a Deolane: um Porsche e um Land Rover. Na época, foi constatado que os veículos não estavam registrados no nome da advogada, o que levantou suspeitas. Maria Corsato declarou que os carros representavam uma “ostentação” e eram fruto de práticas ilegais, relacionadas a crimes contra a economia popular.
A delegada relembrou que, naquela ocasião, enfrentou resistência por parte de Deolane e seus advogados, que tentaram desqualificar seu trabalho e afastá-la da investigação. “Ela e seus advogados me desqualificaram muito, usaram a corregedoria para me afastar das investigações”, afirmou Corsato, reforçando que suas descobertas foram encaminhadas ao Ministério Público de São Paulo. “O tempo é senhor da verdade”, acrescentou.
Embora não tenha participado diretamente da operação que levou à prisão de Deolane, Maria Corsato disse que já esperava esse desfecho. “Pra mim, não é nenhuma surpresa, surpresa foi ter demorado tanto tempo. Tem muita coisa dela para aparecer ainda”, comentou a delegada, sugerindo que novas revelações envolvendo Deolane e sua família podem surgir em breve.
Segundo a delegada, o Ministério Público de São Paulo está ciente de diversos detalhes sobre a vida da influenciadora e de seus familiares, e ela acredita que outras investigações podem trazer mais à tona. O caso segue em destaque na mídia, e as declarações de Maria Corsato reforçam a gravidade das acusações contra Deolane Bezerra.