Diagnosticada com dismenorreia membranosa, uma paciente de 43 anos sentiu intensas dores antes de expelir todo o revestimento do útero.
Uma mulher de 43 anos procurou atendimento de emergência em Culiacán, no México, após experimentar uma cólica menstrual extremamente dolorosa e um sangramento anormal. Durante o exame, os médicos descobriram que todo o revestimento do útero, o endométrio, estava sendo expelido.
A condição, conhecida como dismenorreia membranosa, é rara e possui poucos casos documentados, caracterizando-se por uma intensificação anormal do sangramento menstrual.
Como Ocorre a Dismenorreia Membranosa?
Os médicos que atenderam a paciente mexicana publicaram o caso no *American Journal of Case Reports*. Segundo eles, a expulsão completa do revestimento do útero pode ter várias causas, mas, nesse caso específico, não foi possível determinar a origem exata.
“A dismenorreia pode estar associada ao uso de contraceptivos orais, histórico de gestações ectópicas, abortos, e até mesmo ciclos menstruais naturais incompletos”, explicam os autores.
Relação com a Menstruação
A dismenorreia membranosa é uma manifestação intensa de um processo natural do organismo. A cada ciclo menstrual, o endométrio cresce e, na ausência de gestação, o tecido é expulso como menstruação. Em alguns casos, porém, o endométrio pode ser expelido de forma completa, resultando em dores quase insuportáveis.
Apesar da severidade dos sintomas, a dismenorreia membranosa não afeta a fertilidade. A paciente mexicana, por exemplo, foi liberada do pronto-socorro após a expulsão do tecido e continuou a ter ciclos menstruais regulares.
Entendendo a Condição
A dismenorreia membranosa, embora rara, é uma condição importante de se reconhecer devido à intensidade das dores e ao impacto significativo na qualidade de vida das pacientes. Mulheres que sofrem de cólicas menstruais extremas e sangramentos anormais devem procurar avaliação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Este caso ressalta a importância de maior conscientização sobre condições ginecológicas raras e a necessidade de mais pesquisas para entender melhor suas causas e tratamentos. A experiência da paciente mexicana serve como um lembrete de que dores menstruais intensas não devem ser ignoradas e merecem atenção médica especializada.