O número de vítimas fatais no grave acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, subiu para 41. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais durante uma coletiva de imprensa neste domingo, 22 de dezembro. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, onde estão sendo submetidos a perícias e identificações.
Do total, 12 vítimas já foram identificadas, incluindo sete homens, entre eles um adolescente de 12 anos, e quatro mulheres. Duas dessas vítimas devem ser liberadas para os familiares ainda hoje. A investigação está apurando se todas as pessoas encontradas sem vida eram ocupantes do ônibus envolvido na tragédia.
A colisão aconteceu na madrugada de sábado, 21 de dezembro, por volta das 3h30, no km 285 da BR-116, em uma área rural de Teófilo Otoni. O acidente envolveu três veículos: um ônibus da empresa Emtram, uma carreta que transportava um bloco de granito, e um carro de passeio. A Polícia Civil aponta como provável causa a queda da pedra de granito que estava sendo transportada pela carreta. Há indícios de que o excesso de peso tenha contribuído para o desprendimento da carga, o que será investigado em maior detalhe.
O ônibus, que havia partido do Terminal do Tietê, em São Paulo, na sexta-feira, 20 de dezembro, seguia com destino a várias cidades da Bahia, tendo Elísio Medrado como parada final. Após a colisão, os veículos pegaram fogo, causando cenas de destruição que chocaram quem passou pela rodovia.
O motorista da carreta, suspeito de ser responsável pelo acidente, está foragido. Segundo a Polícia Civil, sua carteira de habilitação estava suspensa há dois anos, e ele não tinha autorização para dirigir. A carga de granito transportada pela carreta teria saído do Ceará com destino ao Espírito Santo.
Além das vítimas fatais, 11 pessoas ficaram feridas e foram socorridas em Teófilo Otoni, sendo sete encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e quatro ao Hospital Santa Rosália.
As autoridades continuam trabalhando na identificação das vítimas, avisando os familiares e conduzindo novas perícias no local do acidente. A tragédia marca um dos acidentes rodoviários mais devastadores do ano e reforça a necessidade de maior rigor na fiscalização de transportes de cargas pesadas e na segurança das rodovias brasileiras.